Portuários tomam navio em Santos em protesto inédito

Num protesto contra o texto da MP dos Portos, os sindicatos do setor deram início na madrugada desta segunda-feira a uma mobilização nacional para sensibilizar o governo. Liderados pela Força Sindical, presidida pelo deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), as organizações trabalhistas tomaram o navio Zhen Hua 10, que transportava contêineres que serão instalados no terminal da Embraport, no porto de Santos, litoral de São Paulo.

No início da manhã, foi feito um trabalho de panfletagem no Porto, por Paulinho da Força, pelo deputado Márcio França (PSB) e pelo prefeito de Santos, Paulo Alexandre (PSDB), de acordo com informações da Força. O movimento já havia sido anunciado pelo presidente da organização na semana passada, numa entrevista concedida ao 247.

No início da tarde, o Sindicato dos Operários Portuários (Sintraport) despacha um ônibus cheio de trabalhadores para Brasília, para acompanhar a plenária nacional da categoria, que acontece entre terça e quinta-feira (19, 20 e 21) na capital federal. Segundo Paulinho, será decidido, durante o encontro, se o movimento irá ou não fazer greve nos portos caso o governo mantenha sua resistência sobre o texto.

Participação de prefeitos
O presidente do Sindicato dos Estivadores, Rodnei Oliveira da Silva, diz que, após a panfletagem no posto de escala da Avenida Portuária, em frente ao terminal de contêineres da Libra, os manifestantes distribuirão o mesmo material em pontos diferentes da cidade. Durante o dia, a comitiva buscará apoio das prefeitas de Guarujá e Cubatão, Maria Antonieta de Brito (PMDB) e Márcia Rosa (PT), além do prefeito de São Vicente, Luiz Cláudio Billi (PP).

“A medida não prejudica apenas os trabalhadores”, adverte Rodnei, “mas também a economia das cidades da região. O prefeito de Santos já entendeu isso e esperamos que os demais também entrem nessa luta”.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Santos e região, Valdir de Souza Pestana, concorda com o envolvimento das autoridades municipais e da população na campanha contra a MP 595. Segundo ele, a medida provisória “provocará uma queda violenta na arrecadação de ISS (imposto sobre serviços) pelas prefeituras, agravando o empobrecimento das cidades gerado, desde 1993, com a implantação da chamada lei dos portos (8630)”.

Alterações na MP
A posição dos sindicatos é que a medida, que prevê a concessão de portos para a iniciativa privada, entre outras ações, prejudique os trabalhadores e o comércio no País. “Os impactos da implementação da MP serão desastrosos não somente para os empregados do sistema, mas também para as economias das regiões portuárias”, defende a Força Sindical. A entidade afirma que, com a privatização, os portos ficarão nas mãos de um pequeno grupo, que passará a determinar preços e demandas.

Na opinião do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, a Força “tenta criar certa confusão”, segundo ele, “de forma desinformada”. “Na realidade, a MP procurará diminuir a burocracia, aumentar a autonomia dos portos, criar competição e reduzir custos”, acrescenta. Outra defensora é a presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), a senadora Kátia Abreu (PSD-TO). “Estou morrendo de medo de recuo”, afirmou, em relação ao governo.

Entidades empresariais se reúnem nesta segunda-feira com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para manifestar apoio à medida. O governo anunciou em dezembro um programa de investimento de quase R$ 60 bilhões no setor até 2017, a fim de reduzir custos e aumentar a eficiência dos terminais. A proposta acaba com a diferenciação entre cargas próprias e terceirizadas e prevê a privatização de portos.

Fonte: Brasil 247 via portal Porto Gente

Portos de Santos, Paranaguá e Itajaí podem ser concedidos à iniciativa privada

Foto Divulgação/ Codesp

Foto Divulgação/ Codesp

A Secretaria de Portos da Presidência da República divulgou, nesta segunda-feira, a lista de Portos Marítimos Organizados que poderão ser licitados dentro das condições previstas na Medida Provisória 595.

– Mais: Governo anuncia investimentos de R$ 54,2 bilhões em portos até 2017

A MP dos Portos, em tramitação no Congresso, trata, entre outros itens, da concessão dos portos à iniciativa privada.

A relação traz terminais como Belém-Miramar, na Região Norte; Aratu, Cabedelo e Suape, no Nordeste; Santos, no Sudeste; e Itajaí e Paranaguá, no Sul.

Fonte: Portal IG / Economia

Valor da produção agrícola deverá crescer 16%

O Valor Bruto da Produção (VBP) das 20 principais culturas agrícolas do país deverá alcançar o recorde de R$ 283,548 bilhões em 2013, conforme estimativas divulgadas pelo Ministério da Agricultura na sexta-feira. A projeção representa um aumento de 16,3% em relação ao resultado do ano passado, calculado em R$ 243,910 bilhões e maior VBP anual registrado até agora.

Esse aumento tende a ser puxado pela soja. Carro-chefe do agronegócio brasileiro há mais de uma década, o grão mais produzido em território nacional deverá gerar um VBP de R$ 89,339 bilhões neste ano, 30,8% mais que em 2012. A cana deverá manter a segunda posição nesse ranking, com VBP de R$ 46,511 bilhões, aumento de 7,5% em igual comparação, e o milho poderá ficar em terceiro na lista, com VBP de R$ 39,940 bilhões, em alta de 17,8%.

Com preços elevados, soja e milho lideram o previsto aumento da produção brasileira de grãos nesta safra 2012/13. No caso da cana, a previsão também é de alta da produção no próximo ciclo (2013/14).

Fonte: Valor / Fernando Lopes via Portos e Navios

Projeção para crescimento em 2014 cai de 3,80% para 3,65%

São Paulo – A projeção para o crescimento do PIB em 2013 dada pelo Boletim Focus divulgado hoje registrou leve queda em relação a expectativa divulgada na semana passada – passando de uma projeção de crescimento de 3,09% para 3,08%. Já a expectativa de aumento do PIB em 2014 registrou queda de 3,80% para 3,65% entre as semanas.

O Boletim Focus dessa semana mostra leve queda na projeção para a inflação em 2013, que passou de 5,71% no boletim da semana passada para 5,70%. A projeção para a inflação em 2014 foi mantida em 5,50%.

O IPCA do primeiro mês de 2013 foi o maior desde abril de 2005. A alta no IPCA foi de 0,86%. Em dezembro, o IPCA havia registrado alta de 0,79% e em janeiro de 2012, de 0,56%.

A expectativa do Focus para a taxa de câmbio (fim de período) passou de 2,03 (real/dólar) para 2,02 em 2013. Para 2014, a projeção foi mantida em 2,05 (real/dólar).

A previsão para a Selic foi mantida em 7,25% para 2013 e em 8,25% para 2014. A projeção para a balança comercial, em 2013, caiu de 15,50 bilhões de dólares para 15,20 bilhões de dólares. Para 2013, a expectativa também diminuiu, passando de 16,00 bilhões de dólares para 15,60 bilhões de dólares.

Fonte: por via Revista Exame