Em uma dessas indas e vindas, acabei lendo um artigo do site GM – Chevrolet Flexpedition Portos Abertos (Max Press Net) que faz uma abordagem histórica do Porto do Rio Grande interessante. Abaixo, transcrevo essa matéria publicada em 09/06/2008 bem como seus devidos links de acesso.
Boa Leitura!
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Rio Grande foi fundada para defender o Sul do Brasil do ataque de espanhóis
Porto do Rio Grande cresce em movimentação de cargas e transforma a vida pacata da cidade
Para se defender dos ataques dos espanhóis, em 1737, a coroa portuguesa enviou o brigadeiro José da Silva Paes para o Sul do Brasil. Ele construiu, então, 15 fortificações, do Rio Grande até o Chuí. Em vão. Mesmo assim, essa região ficou sob domínio espanhol por 13 anos, de 1763 a 1776.
Mas, a chegada de Silva Paes serviu, principalmente, para criar o povoado de Rio Grande, a primeira cidade com colonização portuguesa do Rio Grande do Sul. Ela abriga hoje o terceiro porto em movimentação de contêneirs do Brasil e por onde a Chevrolet Flexpedition Portos Abertos iniciou a segunda etapa pela história dos portos brasileiros.
Os jornalistas expedicionários da Flexpedition visitaram o porto do Rio Grande, na última sexta-feira (06/06/2008), e puderam conhecer a operação realizada pela General Motors do Brasil, que importou, em 2007, 66 mil veículos Classic e Tracker da Argentina. Esse volume representa 90% da movimentação total de veículos desse porto.
Além de veículos, pelo porto do Rio Grande passaram, em 2007, 26,7 milhões de toneladas de grãos e 609 mil TEUs, o que o classifica como terceiro porto brasileiro em movimentação de contêiners. O primeiro é o Porto de Santos (SP) e o segundo, o de Itajaí (SC). Segundo Newton Quintas, assessor da superintendência do porto, administrado pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul, serão investidos R$ 3 bilhões, nos próximos cinco anos, para dobrar a movimentação de cargas até 2117. Desse valor, 70% virão da iniciativa privada, 20% do governo federal e 10% do estadual.
Isso exigirá dragagem para aumentar a profundidade do canal do Porto Novo de 10 m para 14 metros, prolongamento do moles de 4 quilômetros em mais 700 metros e aprofundamento do calado nesse local, de 14 para 18 metros.
Entre as inovações de Rio Grande, está sendo construída no porto a plataforma P-53 da Petrobrás, que deverá entrar em operação no Campo de Marlim Leste, no Rio de Janeiro, em outubro deste ano, e a construção de um dique seco, que será utilizado pela Petrobrás para montagem completa de plataformas marítimas.
Existe ainda um projeto de construção de um túnel seco de aproximadamente 600 metros de comprimento, a 22 metros abaixo da Lagoa dos Patos, ligando Rio Grande a São José do Norte. Atualmente, o acesso a São José do Norte só é feito por barco ou pela perigosíssima Estrada do Inferno.
Tudo isso tem mexido muito com a vida antes pacata da cidade e levado para a porto, profissionais de outras regiões do país. Resultado é que ficou difícil conseguir vaga nos poucos hotéis locais; não existem casas para alugar e o número de pousadas e de repúblicas cresceu vertiginosamente. A companhia NHT realiza três vôos diurnos para Rio Grande, todos sempre lotados.
Porto novo, porto velho
As primeiras construções do porto de Rio Grande datam de 1869. A inauguração do porto deu-se em 11 de outubro de 1872, mas esse porto é conhecido hoje como Porto Velho, e apresenta pequena movimentação.
Em 1910, começa a implantação do Porto Novo que entra em operação no dia 15 de novembro de 1915, com os primeiros 500 metros de cais. A partir de 1919, através de um decreto, o governo do estado do Rio Grande do Sul fica responsável por concluir as obras iniciadas em ambos os portos e administrá-lo.
No início, o lugar era conhecido como Rio Grande de São Pedro ou São Pedro do Rio Grande, onde o brigadeiro José da Silva Paes construiu, entre outros fortes, a fortificação de madeira denominada de Forte Jesus Maria José. Como não havia pedras em Rio Grande, os fortes foram feitos de madeira e areia e não resistiram ao tempo. Hoje, não existem resquícios dessas construções.
A denominação “Rio Grande” vem do fato de, dois séculos atrás, os navegantes que se dirigiam à Colônia do Sacramento entenderem que a embocadura da Lagoa dos Patos fosse a foz de um grande rio. O primeiro registro de transposição da Barra do Rio Grande é de 1737, quando o Brigadeiro José da Silva Paes chegou para iniciar o povoamento desta região. Segundo historiadores, as pessoas que visitavam a região não acreditavam no seu desenvolvimento, ou mesmo que viesse a se constituir uma cidade ali, devido às condições naturais pouco favoráveis. Hoje, o riograndino é também chamado jocosamente de “comedor de areia”. A cidade fica entre o mar e a Lagoa do Patos, sujeita à areia levada pelos fortes ventos.
A fundação da cidade de Rio Grande está ligada à necessidade de ocupação do Rio Grande do Sul e de dar apoio à Colônia do Sacramento, no Estuário do Prata. Várias expedições passaram por aquela região desde o início do século XVI, mas somente na década de 1530, é que a expedição de Martim Afonso de Souza atribuiria a denominação da Barra do Rio Grande como “Rio de São Pedro”. Um século mais tarde, a região seria procurada por tropeiros paulistas e lagunenses, em busca de gado e couro.
A fundação de Rio Grande ocorreu em 19 de fevereiro de 1737, e em 27 de janeiro de 1835, Rio Grande foi elevada à categoria de cidade.
Início da segunda etapa
Com a visita ao Porto do Rio Grande, a Chevrolet Flexpedition Portos Abertos inicia a segunda etapa da viagem pela história dos portos brasileiros. No total serão cinco etapas. A primeira etapa já visitou os portos de Santos e São Sebastião (SP); Paraty, Angra dos Reis, Itaguaí e Rio de Janeiro (RJ).
A segunda etapa, iniciada sexta-feira última (06/06/2008), no Porto de Rio Grande (RS), passará pelos portos de Laguna, Imbituba, Itajaí e São Francisco do Sul (SC) e Paranaguá e Antonina (PR), voltando novamente para São Paulo, no dia 13 de junho.
A caravana da Chevrolet Flexpedition Portos Abertos
A caravana Chevrolet Flexpedition Portos Abertos é formada pelos veículos Chevrolet S10 Turbo Diesel 2.8, Astra Hatch, Vectra Elite, Vectra GT, Meriva Easytronic e Tracker.
Participaram da visita ao Porto do Rio Grande, nesta segunda etapa da expedição, o coordenador e chefe da expedição, Luiz Cezar Fanfa; Pedro Luiz Dias, diretor de Comunicação Social da GM do Brasil; Marco Antonio Kraemer, gerente de Relações Governamentais da GM; Fabiano Mazzeo, assessor de imprensa da GM; Bernardo Pansera, estagiário da GM; Pedro Danthas, fotógrafo da expedição; Nereu Leme, redator da expedição; e, Anderlin Valério Junior, cinegrafista da expedição.
Participam como jornalistas expedicionários: Antônio Carlos da Silva, da TV Bandeirantes, de Curitiba/PR; Celso Ferlauto, do programa Veículos e Velocidade (RS); Cezar Bresolin, do jornal O Sul e TV Pampa (RS); Licináira Barroso, do site Auto Pista (MG); Marcus Copetti, do jornal NH (RS); Renato Rossi e Luiz Tanaka, do jornal Correio do Povo (RS); Vinícius Ferlauto, do Jornal do Comércio (RS); Diogo de Oliveira, da agência Auto Press (RJ); Wanderley Perez, do Diário de Teresópolis (RJ); Rômulo Felipe, da revista Test Drive (ES); Guilherme Arruda, da revista Transporte Moderno (SP); e, Isnar Ruas, da agência Intermédio (RS).
200 Anos da Abertura dos Portos
A aventura coincide com a comemoração dos 200 anos da abertura dos Portos Brasileiros pela Família Real Portuguesa e comemora os 100 anos de fundação da General Motors Corporation e os 20 anos da injeção eletrônica de combustíveis, fabricada pela Bosch, no Brasil.
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